sexta-feira, 30 de abril de 2010

Começo e meio sem fim



Em mais uma noite de minhas comuns insônias, reflito sobre minha realidade e minhas realidades inventadas, e destas reflexões percebi que possuo um blog que só diz sobre meu trabalho, minhas imagens, culturas, vejo que chegou o momento de depositar minhas máscaras criadas junto aos elementos cênicos que carrego aos mundos que imagino e me insiro para fugir do cotidiano.
Ao religar o computador vi minha imagem refletida, cabelos ruivos que emolduram uma pele pálida e lados vermelhos intensificados por um forte resfriado que me consome, como pano de fundo uma cama de casal. Casal?

Comecei a refletir sobre amores inventados, sobre a diferenciação de estórias e histórias que vivi. Sensações que no ápice de nosso egoísmo nos dá certeza de ser somente nossa. Verdade inventada que corresponde a inúmeras mentiras. Surge então a descrição dos amores inventados, ou não!

O anjo, condutor do amor ingênuo, ama-se criança e permanece criança! Beijos na testa que atestam respeito absoluto, o toque suave no pegar das mãos, o apoio incondicional ao próprio sofrimento, se lhe for necessário a felicidade do outro.

O Primeiro “cafa”, aconteça o que acontecer ele nunca aconteceu, por mais que você ache que sim, é ele quem te faz sentir-se a mulher mais desejada do mundo, quem te ensina a beber vinhos, sonoramente conduzidos por Chico Buarque e monumentais exibições de carências, essas que te fazem sentir-se a mulher importante do mundo. Mas que no momento oportuno para ele some, por algum motivo admiravelmente obscuro, te fazendo senti-se a mulher mais idiota do mundo.

O Marido, perfeito em tudo, até que se provem o contrário. O dono do dividir, a casa, a cama, o banheiro, a cozinha, a sujeira da cozinha, e sobretudo a paciência, que vai embora e fica pela metade também. Casamento é monumetar defeitos e qualidades vence aquele que se sobressair, e que não deixe a distancia separar, mesmo ele ainda sendo perfeito.

O segundo “cafa”, regido por uma admiração momentânea e absoluta pelo novo, eis que surge o bom moço! Assim como um bom “cafa” confuso, bom amante, boêmio, admirador de boa musica, só que esse te ensina a beber cerveja. Compõe um romance tão secreto capaz de esconder de nos mesmos que este possa algum dia ter existido. Uma amizade de irmão regada a carinho que tenta proporcionar um entendimento do obscuro. Só que esse não some, somente esquece, e sempre tenta lembrar quando acha que lhe convêm.

O palhaço, entre todas as misturas masculinas eis a mais complexa de todas, um amor momentâneo, que te deixa confundir-se com inexistente, uma tentativa mentirosa em rir-se em um picadeiro verdadeiro, uma paixão improvisada de final certo, um tempo contido dentro de um nariz vermelho, e um fim exibido pela televisão, desculpas e invenções mal formuladas que cabem dentro de um fusca com mais 12 anões.

O menino, fugido da casa dos pais nas altas da madrugada, aparece sem muitas conversas, mas com inúmeras sensações surreais. Como em um filme, roteiros ilustravam encontros, que se perderam em meio às conversas virtuais que nunca mais se materializaram.

O terceiro “cafa”, com um gosto doce e amargo de nicotina, este como todos os outros te faz sentir-se a mulher mais desejada do mundo, só que de forma direta e objetiva, este só te ensina beber no máximo uma coca-cola, não dá tempo para esperar um vinho. Intensidade movida por vontades te faz por alguns momentos acreditar em “amor” a primeira vista. Bobagem protocolos serve para serem quebrados, mas não rasgados.

O Don Quixote, na ingenuidade da distancia uma tentativa singela do que podemos chamar de amor, o carinho colorido e a vontade de experimentar ficar junto, motiva uma tentativa quase impossível de se concretizar. Mas que em pequenos passos como os de Charlie Chapin nos leva a um altar de incertezas.


Preciso escrever mais, inventar mais, amar mais, viver igual! Mas meus lábios e olhos ardem de forma justificáveis pelo forte resfriado que insiste em não me deixar dormir, em noites como essas pensamos em verdades inventadas e de forma comum amplia-se espaços vagos em meu corpo e em meu colchão.






terça-feira, 20 de abril de 2010

Colhendo os Frutos Coloridos

Sabendo da necessidade de fomentar a Cultura e desenvolver a formação de público em nossa cidade, a Secretaria de Cultura de Jaú em seu primeiro ano de gestão tem desenvolvido um intenso trabalho nesse aspecto, o resultado deste se vez visível no domingo dia 11 de abril no parque do Rio Jaú na apresentação do espetáculo Luna Parke da Cia. La Minima de Circo Teatro.
Luna Parke foi mais uma das atrações realizadas através de parcerias desenvolvidas pelo Secretaria de Cultura de Jaú e a Secretaria do Estado de Cultura pelo Circuito Cultural Paulista, mas esse espetáculo teve um gosto diferenciado pois através dele vimos a materialização de uma política cultural bem desempenhada, após a montagem do singelo cenário da Cia. Paulistana começou a se formar um espaço cênico mais amplo, que foi se alastrando pelo Parque e tomando conta das pessoas que pela Avenida passavam, e de repente, crianças, jovens e senhores já faziam parte do espetáculo, mas de 400 pessoas pararam e passaram por essa atmosfera, rindo e se emocionando.Mais do que assistir a um espetáculo, a forma como esses tem chegado à população de Jaú, tem feito com que o público se envolva e assim tenha a necessidade de vivenciar esses momentos diversas vezes.
Outro bom exemplo de trabalho de formação de público é o projeto “De quem é essa história?” uma parceria da Secretaria de Cultura com o SESC Araraquara, além de proporcionar o interesse pelas Artes Cênicas através da contação de História com teatro de bonecos, esse projeto estimula a leitura trazendo autores da literatura infantil para perto do universo das crianças da rede publica de ensino, em cada apresentação contamos com um publico de 640 crianças entre 6 a 12 anos, pessoas que estão adquirindo o habito de ir ao teatro e a biblioteca, e que certamente darão continuidade ao que está sendo semeado.
No teatro Municipal Elza Munerato o trabalho de formação está sendo feito através de uma seleção de espetáculos de qualidade para compor uma programação atraente e democrática, durante o mês de março contamos com a realização de espetáculos premiados que deram início a uma temporada que promete excelentes espetáculos no decorrer de 2010. Nas duas primeiras semanas de março mais de 2mil pessoas passaram pelo teatro.
Atualmente a Secretaria de Cultura de Jaú busca diversos parceiros e programas de fomento cultural, temos como parceiros o SESI através do seu Circuito Cultural com um convênio onde neste ano receberemos 11 espetáculos de musica, teatro, dança e circo, dentro desta linha também contamos com o Circuito Cultural Paulista com mais 16 espetáculos, além de ProACs, Atendimento Técnico aos Municípios, SESC. Enfim para fortificar e ampliar esse trabalho voltado à formação de publico a Secretaria de Cultura pretende continuar essas ações de forma que amplie e se consolide no Festival de Artes Julho Cultural, e desta forma faça com que a população de Jaú usufrua desses eventos o ano todo.